Há 70 anos, o então prefeito Emílio Peduti promulgava o primeiro brasão de armas da cidade de Botucatu. A Lei nº 273, de 28 de agosto de 1952, creditava a autoria da obra ao historiador Hernâni Donato e ao professor Gastão dal Farra. Confira abaixo o significado de cada elemento do brasão:
O escudo português, redondo, liga a origem da cidade e o povoamento do município à tradição lusitana no Brasil. As montanhas mostram a Serra de Botucatu, principal distintivo geográfico da região.
O caminho ascendente lembra as estradas coloniais que fizeram da serra um carreadouro de civilização e de povoamento, a ponto de haver um governador da Província determinado que a ida ou o retorno do sertão se fizesse atravessando aquelas terras.
A capela ensina que a primeira construção e tentativa de povoamento é devida aos padres da Companhia de Jesus que ali mantiveram uma fazenda de criar de 1719 até 1760, na qual nasceram os primeiros botucatuenses cristãos. A capela mostra ainda que a cidade nasceu para a civilização, tal como o Brasil e São Paulo, sob o signo da Cruz de Cristo.
O campo verde relembra as pastagens que constituíram o motivo, a formação das primeiras fazendas e núcleos populacionais. Já o campo azul diz da pureza do clima que veio dar o nome à região, sabido que Botucatu significa bons ares.
A estrela, símbolo das virtudes teologais, afirma que a cidade e o povo foram sempre firmes em sua fé erguendo inúmeros templos de várias profissões religiosas; constantes na sua caridade, mantendo asilos e casas de abrigo, e da sua permanente esperança nos dias futuros.
Os rios paralelos que são o Tietê e o Pardo, confirmam o ensinamento de que Botucatu cumpriu desde os seus primeiros dias a missão de conduzir através do seu território a civilização e a conquista.
O livro, o báculo e o arado dizem que a projeção da cidade e do município veio do seu trabalho profícuo e de sua atividade espiritual, pois, durante meio século Botucatu foi o maior centro educacional do sudoeste paulista e do território de sua diocese é que saíram os territórios de várias outras dioceses paulistas. Já a coroa representa a atividade matriarcal, demonstrando que o orago da cidade é Sant`Ana.
Como suportes, à esquerda um ramo de café frutado lembra que o município não só foi grande produtor de café, mas também origem de uma importante variedade: o “café amarelo” ou “café de Botucatu”. À direita, um ramo florido de algodão que foi outro importante produto agrícola da região. A final, é consignado o nome do município no listel, objetivando individualizar o brasão.
Este brasão vigorou por 26 anos, quando a gestão Lico Silveira contratou o procurador do estado Lauro Ribeiro Escobar para a elaboração de um novo brasão, que foi válido por apenas cinco anos. Em 1983, um concurso aberto definiu ainda outro brasão de armas para Botucatu, que perdura até hoje.
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Muito legal batbaro