(Foto: Colagem/Jornal Audácia)

Há 60 anos, botucatuenses venciam o Prêmio Jabuti

O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.

A sexta edição do evento, realizada em 1964, há sessenta anos, premiou dois botucatuenses ilustres: Maria José Dupré, pelo infantil “O Cachorrinho Samba na Rússia”, e Francisco Marins, pelo romance “Grotão do café amarelo”. Saiba mais sobre as obras e seus autores abaixo:

O Cachorrinho Samba na Rússia – Maria José Dupré

O Cachorrinho Samba na Rússia é um livro infantil da escritora botucatuense Maria José Dupré, integrante da série que narra as aventuras do cão Samba. De caráter educativo, a obra ensina sobre a história do país mais extenso do mundo e suas diferenças culturais com o Brasil.

Em certo trecho, Samba se recorda que “ouvira falar nos romances russos, onde as personagens tinham nomes difíceis, difíceis para nós, brasileiros” e que sabia que a Rússia “ficava muito longe e que havia neve nesse país. A neve caía noite e dia e cobria as cidades e as ruas. As árvores e os telhados. Ai, que frio!”.

Samba estreou nas páginas da obra As Aventuras de Vera, Lúcia, Pingo e Pipoca, de 1943, e também figurou nos livros A Mina de Ouro (1946), O Cachorrinho Samba (1949), O Cachorrinho Samba na Floresta (1952), O Cachorrinho Samba na Bahia (1957), O Cachorrinho Samba na Rússia (1964), O Cachorrinho Samba Entre os Índios (1965) e O Cachorrinho Samba na Fazenda (1967).

Grotão do Café Amarelo – Francisco Marins

Grotão do Café Amarelo é o segundo livro da série “O Homem e a Terra”, considerada pelo escritor Péricles da Silva, da União Brasileira de Escritores (UBE), como “a experiência mais convincente dentro da ficção e a mais completa já realizada em nossa literatura, visando ao abarcamento de um largo processo social, político, humano e econômico, de profundas raízes e de largas repercussões na própria história do País”.

Os livros que compõem a série são Clarão na Serra (1963), Grotão do Café Amarelo (1964), …E a Porteira Bateu! (1968), Atalhos sem Fim (1980) e O Curandeiro dos Olhos em Gaze (2004).

Em “Grotão do Café Amarelo”, Francisco Marins dá continuidade à narrativa desenvolvida em Clarão na Serra, romance histórico que se passa no interior do estado de São Paulo no século XIX. Nesta obra, Marins retrata o início do apogeu das plantações do café entre 1889 e 1904 na cidade fictícia de Santana, onde os protagonistas buscam se adaptar à revolução econômica que o café-amarelo trouxe à região.

Desde então, não há registros que algum botucatuense tenha vencido o maior prêmio literário do Brasil. Estamos na torcida para que isso se repita em breve!

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