Os desafios para a presença de pessoas trans no mercado de trabalho foi o tema da primeira mesa-redonda promovida pela agência de marketing Pato Comunicação, sediada em Botucatu. O evento ocorreu na empresa de coworking Vital Be Together, patrocinadora do evento juntamente à Barbearia Nova Ordem, na tarde do último sábado (25).
Além de Otávio Stevanini, da Nova Ordem Botucatu, também participaram do evento o advogado da pasta de diversidade OAB de Botucatu, Donizete Lima; a promotora legal popular Viviane Amorim; as sócias da agência Marollie, Rafaela Oliveira e Michele Caroline; o diretor, produtor e idealizador do canal Razões para Sonhar, Tiago de Oliveira e os membros da Pato Comunicação: Rafael Paes, Isabela Camargo e Rafael Silva.
Criada em Botucatu há dois anos, a agência trabalha ao longo do ano com campanhas de cunho social, abordando temas como feminismo e a luta da comunidade LGBTQIA+ e da comunidade negra. No chamado “mês do orgulho”, a Pato deu enfoque à temática das pessoas trans.
“Queremos fazer mais do que um post comemorativo nas redes sociais em datas importantes no calendário. Neste ano, já fizemos ações para o Dia Internacional da Mulher e, agora, queremos expandir o debate sobre o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Buscamos, principalmente, debater soluções para a violência no ambiente de trabalho, falando diretamente com as marcas”, explicou Rafael Paes, diretor da Pato Comunicação.
Além disso, Rafael destacou que a temática escolhida para a mesa redonda foi devido à grande marginalização que esse público sofre e que o intuito é ampliar cada vez mais a conscientização sobre o tema.
“No sábado, alinhamos as ideias, e cada pessoa colaborou um pouco sobre a percepção a respeito do assunto. Visamos dar continuidade ao tema além da data comemorativa e buscar aos poucos a realização de ações a nível municipal para engajar mais empresas na luta contra o preconceito, mudando a realidade para quem mais sofre com esse cenário”, ressaltou Rafael.
A Pato Comunicação não visa nenhum tipo de lucro ou vínculo social com as empresas, mas deseja dar visibilidade para as causas sociais e oferecer voz para aqueles que não podem ser ouvidos. “É utopia pensar que, a partir de uma reunião de sábado à tarde, daqui um ano a realidade será outra. Ainda temos muita luta pela frente e esse cenário demora muito para mudar, porém, é possível”, finalizou o comunicador.
O cenário das pessoas trans no mercado de trabalho
De acordo com um relatório elaborado pela Associação Nacional de Travestis e Transsexuais, 88% das pessoas entrevistadas acreditam que as sociedades empresárias não estão prontas tanto para a contratação quanto para a manutenção de pessoas trans no quadro de colaboradores. Caracteriza-se como “transgêneras” as pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao nascer.
com informações da Pato Comunicação