O que aconteceria se um asteroide se chocasse com Botucatu? Quais seriam as consequências? A resposta depende da massa do objeto e diferentes cidades em torno da nossa sofreriam diversos danos.
Uma ferramenta útil para estimar os estragos causados por um impacto dessa natureza é a Asteroid Damage Visualization Map, um simulador que utiliza as ferramentas da linguagem de programação Python para realizar os cálculos.
Nele, é possível inserir o tamanho de asteroides pré-definidos ou personalizá-lo. Para esta simulação, consideramos a extensão do satélite Dimorphos, recentemente atingido por uma nave da agência espacial dos Estados Unidos (NASA), que conta com 170 metros de diâmetro. Confira, abaixo, os impactos de uma possível queda na cidade de Botucatu:
Considerando que o meteoro caia exatamente em cima da Praça do Bosque, o ponto central de Botucatu, o impacto já seria visível: o Dimorphos é bem maior do que a praça, atingindo ainda outros dez quarteirões.
Na área em laranja, localizaria-se a profunda cratera do asteroide, onde não resistiria nenhum ser vivo. A região compreende desde a Escola Estadual de Ensino Integral Dom Lúcio Antunes de Souza, na região norte, até a rotatória que dá acesso à Cohab I, na região sul da cidade.
Já na região em amarelo, todos os edifícios seriam derrubados pela explosão. Quanto aos seres vivos, a pele humana queimaria e a maior parte dos seres vivos não resistiria. A área alcança desde a Fazenda Lageado, no setor norte, até a Cachoeira da Canela, no setor sul.
A área em vermelho terá boa parte de sua infraestrutura destruída, inclusive lançando detritos voadores que podem ser fatais. A região atinge desde a Trilha do Córrego Fundo, na região norte, até o Aeroporto de Botucatu, na região sul.
Em verde, alguns prédios podem ser destruídos e, da mesma forma, algumas roupas podem se incinerar. Os resíduos voadores e o calor poderão ser fatais para muitos. A área capta desde o distrito de Vitoriana, no setor norte, até a divisa com a cidade de Pardinho, na região sul.
Na região em cinza, seriam sentidas ondas insuportáveis de calor, que podem ser fatais para idosos ou portadores de certas condições médicas. A área assimila desde o Morro do Cerrito, em São Manuel, até o condomínio Ninho Verde II, em Pardinho.
A última área onde o asteroide causará sequelas está em roxo no mapa. Nela, podem ocorrer precipitações a partir de poeira e cinzas, e todos seus habitantes testemunhariam o impacto, seja pela audição ou pela visão.
Felizmente, esta trágica possibilidade ainda está longe do radar do nosso planeta. Segundo um estudo publicado por cientistas da NASA, a chance do asteroide mais perigoso para a Terra, chamado de Bennu, chocar o nosso planeta até o ano de 2300 é de uma em 1.750 (ou 0,057%, em porcentagem).
Além disso, os astrônomos estão sempre em busca de maior precisão no acompanhamento destes corpos celestes. Portanto, não há motivo para pânico – ao menos, pelos próximos trezentos anos.
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