Dia Nacional da Comunidade Árabe: a história dos levantinos em Botucatu

Ontem (25) foi celebrado o Dia Nacional da Comunidade Árabe. Nesta data, recordamos a vida e a história dessa gente que ajudou na construção e no desenvolvimento de Botucatu.

Em 1892, um moço alto e magro chegava a Santos e, logo em seguida, dirigia-se a Botucatu. Este era João Miguel Rafael, importante comerciante de nossa cidade, nascido na cidade libanesa de Hamat.

Na mesma cidade, nasceu em 1947 o professor Bahige Fadel. Após seis anos morando em Pardinho, chegaria a Botucatu em 1958, onde atuou como radialista, diretor escolar, supervisor de ensino e até vereador.

Também libanês, Pedro Tobias formou-se em Medicina na França e concluiu seu mestrado e doutorado na Unesp de Botucatu. Teve participação ativa no movimento mundial “Médicos Sem Fronteiras”, salvando muitas vidas na guerra do Vietnã.

O que estes três relatos têm em comum? Todos eles são de levantinos que deixaram suas terras e, com muita esperança, escolheram nossa região para viver.

“Levantino” era o termo utilizado na época para, de forma genérica, se referir aos imigrantes de origem árabe. Como dizia um ditado da época, “como mascates os levantinos são turcos; estabelecidos com lojas viram sírios; e quando industriais ou do alto comércio, são libaneses”.

Hoje em dia, muitos destes continuaram com seus comércios, outros mudaram de ramo; alguns, já falecidos, têm seus nomes marcados em ruas e demais logradouros da cidade. Porém, uma coisa se manteve: a comunidade árabe de Botucatu continua trabalhando e contribuindo para que nossa cidade se desenvolva e continue acolhendo imigrantes dos mais diversos lugares de todo o planeta.

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2 Replies to “Dia Nacional da Comunidade Árabe: a história dos levantinos em Botucatu”

  1. Que maravilha, famílias históricas , levantamos árabes em Botucatu. Nessa matéria conheci o exato ano da chegada de meu avô, nesta amada terrinha, bem como a cidade dele.

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