(Imagem: Marcos Filho/Jornal Audácia)

Sob protestos, eleição para o Conselho da Mulher de Botucatu é suspensa por tempo indeterminado

A eleição para o Conselho Municipal de Promoção de Políticas Públicas para Mulheres de Botucatu (CMPM), que seria realizada na noite da última terça (27), foi suspensa por tempo indeterminado.

Segundo a comissão eleitoral, a causa do adiamento foi o recebimento, por parte desta, de três pedidos de impugnação de candidaturas fora do prazo recursal. Por ser um caso omisso no edital, foi decidida a suspensão da eleição para que a questão seja discutida pelo corpo jurídico da Prefeitura de Botucatu.

Os pedidos foram protocolados na Prefeitura pela candidata Isabel Cristina Galdino da Silva às 16 horas, duas horas antes do início dos cadastros para votantes e, portanto, fora do prazo para apresentação de recursos. As inscrições para a eleição começariam às 18 horas, de forma presencial, e a votação iniciaria às 19h. Todas as mulheres, incluindo as pessoas que se identificam com o gênero feminino, estão aptas a votar.

Houve indignação por parte do grupo Unidas, que se sentiram lesadas pela decisão

A decisão da presidente da comissão eleitoral, Ana Paula Bassetto, gerou protestos e discussões durante o pleito. Na próxima terça-feira (10), a comissão eleitoral se reunirá para discutir o ocorrido.

Segundo um dos documentos, alega-se que houve mobilização político-partidária das candidatas vinculadas ao grupo suprapartidário “Unidas pelas Mulheres na Política”. Outro pedido solicita a impugnação das candidatas que não estivessem presentes no momento da eleição. Porém, os nomes das candidatas que apresentaram atestado médico para justificar sua ausência no pleito era confidencial à comissão.

Em nota oficial, o grupo considerou que a suspensão da eleição foi ilegal. “A atitude de cancelar a eleição por parte da presidente da comissão, foi ilegal, uma vez que o pedido de impugnação foi feito fora do prazo disposto em edital. (…) Além de acatar um recurso protocolado fora do prazo, a presidente decidiu pela suspensão da eleição, de forma arbitrária, sem qualquer consulta à Comissão Eleitoral como rege o edital”.

A presidente da comissão eleitoral, Ana Paula Bassetto, conversa com eleitoras (Imagem: Marcos Filho/Jornal Audácia)

Além disso, as Unidas afirmaram que as alegações contra as candidaturas são infundadas. “Não houve, em momento algum, constituição de chapa conforme alegação da candidata Isabel Galdino, tampouco uso de plataforma de partidos políticos para pedido de votos”.

Por fim, o grupo questiona como a candidata teve acesso a informações sigilosas. “É de suma importância investigar de que forma a candidata Isabel Galdino teve acesso à informação de que duas candidatas não estariam presentes no pleito, em virtude de atestado médico, tendo em vista que esta informação seria de conhecimento apenas da Comissão Eleitoral”. Confira a nota completa por este link.

O Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres de Botucatu foi criado em 2012 e conta com doze membros efetivos e doze suplentes, com mandato de dois anos. Seu objetivo, segundo a lei que o criou, é “estabelecer, acompanhar, controlar e avaliar em todas as esferas da administração do Município de Botucatu, políticas públicas de relação de gênero, para garantir a igualdade de oportunidade e de direitos da mulher”.

com informações de Notícias Botucatu

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